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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Livro: Nunca Chores Lobisomem


Escrito por Heather Davis, Nunca Chores Lobisomem [Never Cry Werewolf] conta conta a história de Shelby,  uma garota que infelizmente cometeu alguns erros e por esse motivo acabou ficando de castigo graças a sua madrasta perversa, porém ao ser pega enquanto beijava uma garoto a coisa piorou bastante e de repente os planos do baile, de seu verão estava fora de questão, acabou sendo obrigada a ir para um acampamento para casos perdidos.

As coisas começam a melhorar, apesar de que, quando Shelby conhece o companheiro de acampamento, filho de uma estrela do Rock, com sotaque britânico, moreno de olhos castanhos, usando uma jaqueta de couro e botas de motoqueiro, Austin Bridges III. Um rapaz bastante misterioso que necessitava de tomar um medicamento misterioso, um rapaz único, um verdadeiro bad boys que ela não devia ser meter, mas por algum motivo ela não estava conseguindo manter-se longe dele, existia um segredo terrível por trás daquele adolescente...

Simples palavras uso para descrever este livro, totalmente top de linha! A forma que a história ocorre é realmente surpreendente e a história, apesar de parecer um pouco clichê se torna maravilhosa a cada momento, este livro é bem ao contrário do que aparenta, não é apenas um romance juvenil existe algo à mais por trás de tudo. Vale a pena a leitura.

Em 2008 foi divulgado um filme com o título "Never Cry Werewolf"(Acredite em Lobisomens) que conta a história de Loren que desconfia acaba desconfiando que o seu novo vizinho seja um lobisomem, mas ela estava certa, tendo sua irmão mais novo se tornando amigo desta criatura, cabe a ela salva-lo. É um filme bem legal, eu tenho um extremo carinho por ele também recomendo, mas infelizmente não é sobre o  livro.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Poemas - Lobos Solitários


"Lobo Solitário" por Lorrelion


Como uma matilha de lobos à espreita suas presas que me segue todos os dias.
Alimentando-se o meu medo e ódio.
Faminto por meu fracasso.
Ele enrola a língua ao redor de seus dentes afiados em antecipação.

Nunca vi, mas sempre no canto do meu olho.
Quando eu olhar para trás ele foge na frente e se lança.
Pergunto-me,
O predador perfeito ou uma presa fácil?

É a maldição do homem ter esses grandes pontos cegos.
Como um lobo irá certamente passar fome sem a sua embalagem,
Um homem vai morrer de fome social se sozinho.
Cães Demônios caçam-me incansavelmente durante toda a noite.

Eles são a minha escuridão interior.
Eu sou apenas um homem incapaz de ver o quadro inteiro.
Alguém precisa prestar atenção a minha volta,
E em troca eu vou fazer o mesmo.

Eu vou ajudá-lo a conquistar esse lobo de solidão profunda dentro do cérebro.

"Lobo Solitário" por Isa

Andando pelos corredores sozinho
Sensação de frio, os braços cruzados
Falando para mim mesmo durante todo o dia
A maioria de seus sorrisos são forçados

Ir para fora para fumar um cigarro
Ouvir música na escola tudo o que faço
Cantando canções ao longo do dia
Estar sozinho no meu quarto também

Escrevendo meus poemas até vem a noite
Encontrar as palavras que rimam
Eu não deixar minha caverna, não quero uma luta
Eu sou um lobo solitário que é um crime?

Gosto solidão maior parte do tempo
Ela ajuda a minha imaginação
Mas eu vou ser honesto, eu não posso mentir
Às vezes eu odeio essa situação

Eu não acho que eu posso fazer algo
Eu acho que para este fim eu estou confinado
Meus amigos não estão aqui até a noite sábados
Eu sou um lobo solitário a maior parte do tempo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Puritanos e as Bruxas de Salem


 
Massachusetts foi uma colônia britânica na América do Norte fundada por puritanos descontentes com a Igreja Inglesa. Suas posições calvinistas eram mais conservadoras do que as de outros grupos protestantes.

Os puritanos desejavam uma Igreja forte que tivesse poderes civis. Esse ideal gerou leis como a de que somente os membros da Igreja Puritana tinham direito ao voto a cargos públicos. Em Masschusetts tornou-se obrigatória à presença da Igreja nas cerimonias oficiais do Estado. Além disso, os novos credos passavam pela aprovação da Igreja e do Estado, e a desobediência às rígidas normas doutrinais era punida conjuntamente.

A característica autoritária dessa associação Igreja-Estado desembocou numa perseguição implacável a todas as formas de contestação reais ou imaginárias. Em 1692, na cidade de Salem um grupo de adolescentes acusou várias pessoas da comunidade de enfeitiça-las, dando inicio a um surto de bruxaria. Apesar de esse tipo de acusação ser comum no período de Salem, os acontecimentos levaram a cidade à histeria coletiva. Tudo era atribuído às ações do demônio: moças que olhavam pelo chão aos gritos, pessoas que caiam doentes sem causa aparente ou que não acordavam pela manha, animais que morriam e até as árvores que secavam.

Os acusados eram convocados a comparecer diante de um juiz que colocava frente a frente com seu acusador. Era comum as moças “enfeitiçadas” terem novo ataque histérico diante do réu. Os “bruxos” eram enviados à prisão e examinados, pois se acreditava que intimidades com o demônio deixavam marcas no corpo, como tumores, manchas, polegares deformados, etc.

As acusações atingiam pessoas de todos os níveis, ate mesmo as que gozavam de alto prestígio social. Submetidas à tortura, muitas confessavam ter relações com o demônio e haver realizado feitiços. Tais acontecimentos faziam parte de um mundo cristão, cuja crença nas forças do mal e sua ação efetiva no mundo eram incontestável. Sem duvida, contribuíram para o episodio de Salem as inflamadas pregações dos pastores como Cotton Mather, autor de um dos mais influentes livros do período, “As maravilhas do mundo invisível”. No livro, ele descreve com minúcias as forças malignas que incidiam sobre o mundo.

O caso de Salem recebeu diversas explicações. As de caráter psicológicos enfatizaram a supervalorização demoníaca de conflitos comuns, como entre pais e filhos, por exemplo. Também ressaltaram que, numa vida extremamente regrada pela dura doutrina calvinista, a possessão demoníaca era uma porta de saída.

Outras abordagens ressaltam as tensões sociais internas das colônias, onde acusar um rival tinha grande peso e efeito politico. Além disso, a Nova Inglaterra vivia em estado de tensão decorrente dos conflitos entre indígenas e puritanos. Muitos colonos haviam sido mortos ou capturados. Também foram colocados questão as frustações dos protestantes, que esperavam construir na América um mundo regido pelas leis de Deus e da Bíblia.


Independentemente do que as originaram, as tensões permaneceram.

Os pastores puritanos viram no surto de bruxaria um modo de recuperar o controle e o entusiasmo do grupo, atribuindo todos os problemas a atuação do demônio. O saldo final dos acontecimentos de Salem foi à prisão de mais de duzentas pessoas e a execução de seis homens e de quatorze mulheres.


Fonte: Ser Protagonista História 2° Ano por Fausto Henrique e Marcos Alexandre. SM EDIÇÕES

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lobos Gigantes


Recontrução do habitat dos Lobos.
Olá pessoal, aqui é o Kiba.

Arc' voltando com tudo e eu estou de volta também, mas esse blog é de vocês leitores, então vamos trabalhar juntos para o Arcanjo melhorar sempre mais e mais. 

Vocês devem lembrar de um post que fiz há um tempo atrás sobre a fascinante série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo de Geroge Martin e os filhotes de Lobo Gigante criados pelas crianças Stark.

Você pensou que os Lobos Gigantes não existiram de verdade? Pensou que era pura fantasia? Enganou-se!


O Lobo Gigante (Canis Dirus) é um mamífero extinto da família Canidae que habitou a América do Norte e América do Sul há cerca de 10.000 anos. Apesar de estar relacionado com o lobo-cinzento (e por consequência com o cão) e de ser seu contemporâneo, não é considerado antepassado de nenhuma destas espécies.

O Lobo Gigante era semelhante ao lobo-cinzento em tamanho e aspecto geral, medindo cerca de 1,5 metros de comprimento com cerca de 50 kg de peso. É provável que vivesse em alcateias unidas por laços familiares e que caçasse em grupo. A principal diferença entre as espécies encontra-se na estrutura do esqueleto, mais massivo e pesado.

 Lobos gigantes tem patas mais curtas, cabeça maior e mais pesada. Os dentes do lobo-pré-histórico eram também maiores e mais fortes que os do lobo-cinzento, capazes de esmagar ossos. Isso sugere que não fosse um bom corredor e que se alimentasse de animais lentos e de grande porte, de presas incapacitadas e carcaças, um pouco como as hienas atualmente. 

Os lobos gigantes começaram a desaparecer há 16.000 anos, a medida em que se iniciaram as grandes  mudanças climáticas da última era do gelo e a chegada do homem em toda a América. Esta combinação de fatores reduziram o número de herbívoros de grande porte nos Estados Unidos que alimentavam lobos gigantes.

Provavelmente desapareceram há 10 000 anos atrás, no entanto, alguns fósseis achados  em Arkansas indicam que eles possivelmente viveram no Ozarks até apenas 4.000 anos atrás.

O local onde foram encontrados mais restos de lobos gigantes é o Rancho La Brea, perto de Los Angeles, onde foram encontrados cerca de 3500 esqueletos completos. Algumas características, sugerem que esse lobo, como muitos outros cães, eram animais sociais que viviam e caçavam em bandos.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Lua e sua Influência.

 

Na bruxaria, acredita-se na influência da lua sobre nossos sentimentos. Dizem que toda Lua afetam a vida existente no planeta, é não são somente os lycans não, humanos, plantas, oceanos e etc. Mais isso tudo é pra quem realmente acredita mesmo, pois cada um com suas crenças.

Vários estudos científicos foram feitos sobre a Lua, alguns dizem que na Lua Cheia acontecem muitos desastres como roubos, assassinatos, vandalismos etc. Alguns outros já dizem que a mulher fica com idéias mais “safadas” durante a Lua Cheia, Aristóteles e Plínio afirmavam que terremotos e catástrofes aconteciam durante a Lua Nova. Um geofísico estudou os abalos sísmicos na Turquia, assim descobriu que mais da metade dos terremotos ocorreram durante as Luas Nova e Cheia, durante marés altas.

Se a Lua pode afetar oceanos, lagos e possivelmente o clima através da umidade da atmosfera, provavelmente influencia aos outros seres vivos também, pois a maioria tem uma enorme quantidade de água em seu corpo.

Essas crenças em que a Lua quem influenciava tudo isso e coisas místicas foram sumindo a partir das religiões modernas quando assumiram o controle da sociedade e vieram com novas crenças e proibições das praticas pagãs até a quase extinção de outras religiões, também das muitas deidades que simbolizavam a Lua.

A Lua produz uma energia única que pode influenciar os humanos, segundo algumas religiões pagãs, mas não significa que só por que é Lua Cheia que todo mundo vai sair matando não (isso conta só pros humanos, caso a parte os lycans.Hehe.) todos tem consciência do que fazem e não vale mentir e culpar a Lua.

 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Lobos podem amar.

O sol começa a nascer irradiando-se e alastrando sua luz por dentre a floresta. Minhas orelhas conseguem ouvir os rangidos de patas na neve. Hoje é o primeiro dia da primavera. Ainda há neve, muita neve para derreter.

Estou imóvel dentro da floresta, deitado no solo, sentindo meu focinho gelado fungando e ouvindo as patas de alguém. Levanto-me farejando o que é, parece um cheiro familiar. Os troncos das árvores estão mais iluminados e as folhas pingando água.

Seu cheiro me atrai, um cheiro intenso; suas patas são tão parecidas. Ela não está longe, mas as árvores atrapalham minha visão. O sol brilhando forte em meus olhos já acostumados com os dias escuros de neblinas. Encontro-a, está imóvel no meio da floresta, observando algo que eu não posso enxergar. Tem uma pelugem branca, olhos dourados, orelhas pontudas e alertas, respirando ofegante, está cansada, belos traços. Seu cheiro torna-me curioso. O vento começa a soprar, ela começa a farejar algo, eu não sei o que é mais de longe e em silencio a sigo, perseguindo seu doce cheiro. Silencioso vou atrás dela. Ela parou. Quieta procurando um rumo a tomar, parece perdida. Está olhando pro horizonte na beira do mar.

O ritmo do compasso de meu coração parece acelerar, eu queria conhecê-la, saber donde era. Por que isso agora? Eu desconheço esse sentimento, pois é a primeira vez que o sinto. Vou me aproximando dela, lentamente marcando minhas pegadas agora na areia. O que ela quer na praia?

Ela solta um uivo alto e longo, um uivo que eu não entendo, parece de dor. Por que uivaria para o mar sem nada ver ali? Paro a um metro de distancia dela, ao se virar a sua reação parece surpresa, ela não esperava estar sendo seguida. Queria saber pedir perdão. Afasto-me um pouco, mostrando meus gestos. Ela mostra seus dentes, em posição de ataque. Eu não sou inimigo! Ela não parece acreditar em mim.

Resolvo me aproximar, ela corre pra perto tentando cravar seus dentes em mim, sinto meus músculos dobrarem com rapidez, o compasso aumenta. Agora sinto desespero e ao mesmo tempo aquele sentimento já mais despertado dentro de mim. Ela errou por sorte minha. Levanto-me tentando chegar perto novamente ela diz pra ficar longe, mas eu não consigo, eu quero estar ao lado dela. Aos poucos ela vai afastando-se de mim, com as presas prontas para matar, ela está se acalmando quando vou chegando mais perto, cada vez mais, até poder sentir sua respiração. Ela esconde as presas e as garras de mim, rendendo-se.

Minha pelugem castanha esta roçando em sua pelugem tão branca e macia, seus olhos dourados estão cautelosos observando-me, a cada movimento, eu quero confiar nela, fecho meus olhos, encosto minha cabeça a sua, chego a seu pescoço, meu coração dispara, o compasso já esta todo errado, meu sangue fervendo nas veias, correndo por todo meu corpo. Um abraço. Ela é especial.

Roço meu rosto agora tão cheio de carinho em seu pescoço sinto que ela não entende muito, mas eu também não. Pela primeira vez eu senti meu próprio coração diferente, eu senti um sentimento desconhecido. Quantos sentimentos, nós lobos podemos ter?

Agora só sei que eu a quero, pra sempre, está na hora de eu um lobo, não ser mais solitário. O vento bate em nossos pêlos, o sol iluminando o dia, as ondas do mar agitando-se, então ela entende-me e corresponde ao meu abraço, ao meu carinho. Desejo que me aceite. É a única coisa que quero, para sempre.

Observar o horizonte, o mar, e o primeiro dia de primavera é comprido pra mim, ao lado dela, tudo parece diferente. Aventurei-me por ela, por esse sentimento, a adrenalina, seu cheiro. Agora ela confia em mim. Aceite-me é o que peço e sou correspondido. Posso não entender, mas ela é tudo que eu quero. Ela é tudo que desejei e para o fim da vida foi feita minha escolha, minha amada. Solto um uivo ao seu lado, um uivo cheio de felicidade. Eu pude descobrir o sentimento mais puro de um lobo.

 

Lobos podem amar.

L. Wolf


terça-feira, 3 de abril de 2012

São Brás... Lobos e outros Animais Selvagens

Sempre que pensamos em São Brás, lembramos da sua “benção as gargantas”, mas poucos realmente sabem de suas “conversas com Lobos”. Existem milhares de lendas extraordinárias ao redor deste santo homem que no auge de sua vida terrena, foi muito mais do que uma simples “lenda”, mas sim um grande herói em sua fé em Cristo.

Hoje temos São Brás como um bispo do séc III que depois de passar por terríveis tormentos, entregou sua vida à fé. Como já dito, boa parte de sua vida foi tida como uma lenda, para assim atribuir ao santo uma visão mais espiritual, no entanto, sabemos que ele sempre foi um homem milagreiro.

Há uma lenda sobre São Brás que mostra que seu carinho ia muito além dos homens cristão. Diz-se que uma mulher testemunhou o momento em que seu leitão foi levado por um lobo e foi diretamente a São Brás retratar deste triste fato. São Brás foi até o Lobo e exigiu o retorno do leitão à sua dona, alertando ao animal sobre as penalidades que um ladrão poderia sofrer. O lobo então devolveu o leitão à mulher e ao santo foi atribuído o poder de persuasão dos animais.

Posteriormente, quando São Brás foi preso, essa mesma mulher e o lobo foram prestar auxílio ao homem santo, alegando que ele fez com que o animal compreendesse o ato delituoso.

Por seus atos santos, São Brás foi incluído na lista dos Quatorze Santos Auxiliares, homens e mulheres santos que são intercessores de todos os tipos de doenças e loucuras que podem acometer aos viajantes.

Brás foi  preso por refugiar-se numa caverna, cuidando de animais selvagens e levado preso por caçadores; torturado e decapitado por não negar à Cristo. Em suas últimas palavras disse: “... embora eles queiram matar-me... Confiarei em Ti!

São Brás é Padroeiro dos animais selvagens, dos Veterinários e protetor das enfermidades de garganta. Sua festa é celebrada no dia 03 de Fevereiro.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Escuridão (Darkness)

Sonhei e não era propriamente um sonho.
O sol se apagara, as estrelas vagavam opacas no espaço eterno.
(Perdidas, não cintilavam mais)

A Terra, gélida e cega, oscilava obscura no firmamento sem luar;
Lampejos abriam as trevas, mas o dia não retornava.
Apavorados, seres humanos abandonavam suas paixões.

Naquela devastação e percorridos por calafrios, desunidos corações,
- em egoísta prece – clamavam pela claridade.
Súditos e reis ocupavam o mesmo lugar,
Palácios e choupanas crepitavam em imensa fogueira;
Cidades inteiras foram destruídas.

Ao redor de suas moradas em chamas, os homens se entreolhavam.
(Ah, viver no interior das crateras dos vulcões!)
O mundo em convulsão;

Florestas abrasavam em trincados e estrondos de troncos.
(No infinito, o negrume.)
Cadáveres brotavam na superfície,
Relâmpagos cortavam o tétrico cenário.

Alguns ocultavam os olhos horrorizados, em pranto;
Alguns apoiavam o queixo nas mãos, num esgar patético,
Outros andavam numa e noutra direção ateando fogo ao monturo funéreo;
Sondavam enlouquecidos e inquietos e céu abafado, mortalha de um mundo perdido;
Esbravejavam, lançavam-se ao chão, rangiam os dentes, urravam.
Aves selvagens guinchavam aterrorizadas batendo, em vão,  as asas.
(Até caírem por terra).
As mais horrendas feras aproximavam-se – mansas, trêmulas;
Víboras rastejavam multiplicando-se em meio à multidão
- desprovidas de chocalhos, assobiavam mortas de fome.

A Guerra findou, saciada em melancólico banquete sangrento.
Amantes não tiveram a chance da despedida.
A Terra era só um pensamento: a iminente e inglória Morte,
Apascentando-se das vísceras humanas.

Defuntos em ossos e carnes insepultos.
A voragem miserável obrigava até os cães a devorarem seus donos.
Exceto um, fielmente atado à coleira – latindo, protegia
Pássaros, feras e homens desamparados.
Habituar-se-iam à penúria,
Ou a Morte os subjugaria com sua poderosas mandíbulas.

O cão tentou encontrar alimento.
Num lamento, lúgubre, infindável,
Chorando, solitário, lambia a mão do dono, inerte e indiferente ao afago.

Duas cidades sobreviveram.
A contenda se deu junto às brasas do altar.
Objetos sagrados eram profanados.
Legiões de cadáveres lutavam na penumbra,
Erguendo as esqueléticas e frias garras.
Monte de cinzas impelidas no sopro derradeiro
(burlesca imitação da vida).
Olhos desorbitados sobressaíam à pálida luz restante.
Figuras hediondas guinchavam e sucumbiam irmanadas.
Irreconhecíveis semblantes esculpidos pelo demônio.
O mundo – um vácuo -
Tão somente solidão. E a massa informe.

Primavera não, nem outono ou inverno; nem verão...
Ausência de árvores, de pessoas, de vida.
A Morte – caos da horripilante argila humana.

Restaram os oceanos, os rios, os lagos em cujas profundezas
Os navios apodreciam, os mastros despencando em pedaços.
Jaziam para sempre no abismo sem ondas.
A lua amante e amada, exalara antes.
Os ventos secaram no ar estagnado,
As nuvens pereceram.
Escuridão absoluta.
Trevas.

Adaptação do poema Darkness, de Lord Byron

Licantropia nas Religiões

PowerWolf: Blood Of The Saints
Por Licio Nepomuceno

Licantropia é a capacidade, ou poder, de um ser sair de sua forma humana e se transformar em um lobo, ou a ganhar características de um lobo. O termo vem do grego Lykànthropos (lycos, lobo + anthropos, humano). A palavra também tem sido associada a Licaon,  rei de Arcadia, que, de acordo com historiador Ovídio, foi transformado em um lobo voraz por tentar servir carne humana (do seu próprio filho) para chegar até Zeus na tentativa de negar a sua divindade.

Nos mitos e lendas originais, a licantropia não é ligada a qualquer causa específica que não esteja atribuída, geralmente, à magia, que pode ser voluntária (poder sobrenatural) ou involuntário (maldição). A noção de lobisomens e outros licantropos contaminarem seres humanos através de suas mordidas é característica da ficção moderna.

A Licantropia é frequentemente confundida com a Transmigração (da alma); mas a característica essencial do quase-animal é  a forma alternativa de um ser humano vivo, enquanto a alma é do espírito de um ser humano morto. No entanto, instâncias na lenda do homem reencarnado, os lobos são frequentemente classificados como licantropos, bem como essas instâncias os identificam como lobisomens no folclore local.

Não há nenhuma linha de demarcação, e isso torna provável que licantropia esteja conectada com o nagualismo (no floclore mesoamericano, um Nagual ou Nahual,  é um ser humano que tem o poder de magicamente transformar-se em uma forma animal: mais comumente um burro ou cão,  mas também em outros animais mais poderosos como o jaguar, ou a onça-pintada e onça-parda) e a crença no espírito familiar, em vez da metempsicose (uma característica da metempsicose é uma indefinição das fronteiras entre o intangível e o corporal, uma vez que almas são frequentemente concebidas como formas sólidas, visíveis que precisam comer e podem provocar danos físicos aos humanos), ou com totemismo, como sugerido por JF M'Lennan.

Assim, nas origens da licantropia misturam-se a crença na reencarnação, a crença no compartilhamento das almas entre seres humanos vivos e os animais e uma crença em fantasmas humanas aparecendo como animais não-humanos após a morte.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Lobos, Cães e Raposas...


Por Yuri Vasconcelos

Há várias diferenças, como o porte, os hábitos alimentares, a organização social e o comportamento em relação ao homem. Mas existe também muita coisa em comum entre cão, lobo e raposa: os três fazem parte da família dos canídeos, que inclui também o chacal, o lobo-guará, o coiote e o mabeco. No total, há 34 espécies de canídeos. São animais de porte médio e onívoros - preferem comer carne de outros bichos, mas, numa situação de escassez de alimentos, até encaram uma plantinha. Ao longo dos tempos, eles deixaram de ocupar apenas a América do Norte e se especializaram em caçar em planícies abertas. Os caní-deos de grande porte costumam viver em matilhas, enquanto os menores são chegados a uma vida mais solitária. Segundo os zoólogos, existe apenas uma espécie de lobo, o cinzento, dividida em várias sub-espécies - o cachorro doméstico é uma delas. Por serem parentes próximos, ambos da tribo Canini, cães e lobos podem até cruzar e gerar filhotes híbridos.

CONSULTORIA: ERIKA HINGST-ZAHER, ZOÓLOGA ESPECIALIZADA EM MAMÍFEROS DO MUSEU DE ZOOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)

Mundo cão
Dentro de todo cãozinho domesticado há um ancestral selvagem

Lobo

O lobo-cinzento (Canis lupus) é um canídeo selvagem, não domesticado, que vive em alcatéias, grupos liderados por um macho e uma fêmea adultos. Ele pode atingir 2 metros de comprimento e pesar mais de 60 quilos. As cerca de 15 subespécies habitam florestas ou planícies da Europa, Ásia, Estados Unidos, Canadá e Norte da África, mas, em alguns lugares, como o Japão, estão à beira da extinção por causa da perseguição do homem

Raposa

A raposa-vermelha (Vulpes vulpes) é a mais comum das 16 espécies de raposas. Depois do homem, ela é o mamífero terrestre com maior distribuição no mundo - está presente em 83 países dos cinco continentes. As raposas são animais de pequeno ou médio porte, cuja má fama (se o chamarem de "raposa", não é um elogio) vem dos ataques a animais criados em propriedades rurais. Elas vivem em todo canto, em locais tão diversos como florestas, pântanos, desertos e savanas

Cão

Dos três (cão, lobo e raposa), o cachorro (Canis lupus familiaris) é o único domesticado pelo homem, em um processo que começou há 135 mil anos. Os primeiros cães domésticos exerciam o papel de guarda e caça. As mais de 400 raças de cachorros que existem atualmente resultam da seleção feita pelo homem

Cara de um, focinho de outro
O que cães, raposas e lobos têm em comum

CÃES’ ANATOMY

As patas dianteiras dos canídeos têm quatro ou cinco dedos, e as traseiras, só quatro. A cauda comprida é usada na comunicação entre os indivíduos: os animais submissos, por exemplo, colocam o rabo entre as pernas diante do dominante. Já as pernas longas e a audição e o olfato apurados são resultado da evolução das habilidades desses caçadores

HERÓIS DA RESISTÊNCIA

Boa parte dos canídeos de médio e grande porte prefere caçar em grupo. Embora não usem o elemento surpresa nem sejam tão velozes quanto certos felinos, eles têm excelente resistência e acabam capturando suas presas pelo cansaço. Algumas caçadas podem se prolongar por dias

VELHOS CONHECIDOS

Os canídeos são dos mais antigos carnívoros do planeta. Os primeiros ancestrais viveram na América do Norte há 30 milhões ou 35 milhões de anos, quando os dinossauros já haviam sido extintos. Acredita-se que eles evoluíram dos miacídeos, uma família de mamíferos placentários e carnívoros já extinta

INVASÃO GLOBAL

Exceto na Antártida e em algumas ilhas da Oceania, os canídeos estão presentes em todo o mundo. A dispersão desses animais ocorreu cerca de 6 milhões de anos atrás. Eles atravessaram o estreito de Bering, que liga o Alasca à Rússia, e se espalharam pela Ásia, Europa e África. À Austrália, chegaram levados pelo homem

Feito cães e gatos
Da pata ao focinho, veja as diferenças entre canídeos e felídeos

• As garras dos felídeos são retráteis, e as dos canídeos não. É isso que faz com que os felídeos subam em árvores - coisa que os canídeos não fazem

• A boca dos canídeos tem de 38 a 42 dentes, enquanto a dos felídeos tem, no máximo, 30. A redução do número de dentes aumenta a potência da mordida, um traço importante nos felinos, animais que só se alimentam de carne

• Felídeos e canídeos são da ordem carnívora, mas os felinos pertencem à subordem felifórmia, enquanto os canídeos são da subordem canifórmia

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Poder da "Fé"

"Humanos tem medo de lutar pelo que acreditam! São imaturos quando se trata de escolhas da alma, do coração!

Estão sempre buscando meios de repor uma perda imaterial, por algo material! E é ai que começam a se corromper, seguindo para meus braços. Quando a chama da vida apagar, eles começam a entender que o poder nunca será suficiente para suprir a essência da vida que eles trocaram para não se machucar... pela fé que acabaram de perder...

E no dia que eles perderem isso, eu darei para eles o fogo que tanto desejam possuir.

E todo o poder encarnado que eles poderem mostrar, mostrará o quanto que o ser humano é!

Eu darei o começo, e você o fim!"

(O Cavaleiro, livro 02 - Brann, Deus do fogo para Arc´Than, Deus da morte)

terça-feira, 20 de março de 2012

Poesia Lupina

De doze, nove
De nove, seis
De seis, três 
De três, apenas um.

A Lua vem com a noite
Um a um, os vejo sumir
São monstros, são homens
Eles esperam o grande dia.

Julho chega depressa, 
O lobo despertará.
Ele virá sob poder
E sua fome saciará.

Filhos da noite aguardem
A vingança o Lobo trará.
A profetisa anuncia
Não cessem de lutar.

Artêmis

Nota do Arcanjo Lycan:
Recebi esse texto em um dos comentários do blog, achei-o altamente fascinante... Então, sob a guarda de Artêmis eu o trouxe aos leitores do Arc’... Espero que apreciem o mistério em torno da leitura!

domingo, 18 de março de 2012

Metáforas com lobisomens

Assim como com os vampiros, existe um componente sexual nos lobisomens. Enquanto os vampiros são atraentes e magnéticos sexualmente, o lobisomem típico é hiper-masculino. Ele é excepcionalmente musculoso, peludo e violento.

Essas características não se originam somente da aparência do lobisomem, mas também de suas raízes folclóricas. Em muitas histórias, um homem se torna lobisomem por causa de algum tipo de excesso. Seu comportamento pode ser demasiado bruto, ou ele pode, segundo os padrões da comunidade, ser sexualmente desviante, apresentando por exemplo uma voluptuosidade exacerbada na relação com as mulheres. Essas características podem, inclusive, ter levado à aplicação do termo "lobisomem" ao comportamento humano. No século 16, em Guernsey, uma das Ilhas do Canal na costa da França, jovens que vagavam pelos arredores à noite, desrespeitando o toque de recolher e constrangendo a sociedade política, eram conhecidos como lobisomens. Em alguns casos, os jovens se disfarçavam como animais para atravessar de uma comunidade à outra. Uma crença comum na época era de que os criminosos se transformariam eventualmente em lobisomens.

Essa conexão com o comportamento bruto ou vulgar também aparece na psicologia moderna. Em termos psicológicos, você poderia pensar na luta de uma pessoa com licantropia como uma luta contra - ou para livrar-se de - sua natureza mais primitiva. Quando um homem se torna um lobisomem, seu instinto primitivo, o qual não é considerado necessariamente apropriado, assume o controle.

Existem paralelos naturais entre a licantropia e a puberdade. Durante a puberdade, o corpo humano muda radicalmente. Essas mudanças podem parecer estranhas e elas estão definitivamente fora do controle da pessoa jovem. De modo semelhante, em algumas descrições, a licantropia é uma metáfora para a menstruação. O corpo feminino muda de acordo com o ciclo mensal regular. De muitas maneiras, essas mudanças definem quem ela é - a menstruação é o carimbo oficial de ser uma mulher, e a transformação física é o carimbo oficial de ser um lobisomem. Devido à transmissão típica se dar através de uma mordida que eventualmente pode levar à morte, a licantropia pode também ser uma metáfora para qualquer doença contagiosa, particularmente aquelas que são transmitidas sexualmente.

Esta é uma das razões da identificação das pessoas com os lobisomens, apesar deles serem classificados como monstros. Os adolescentes e jovens podem se identificar por causa das repentinas mudanças em sua pele, cabelos e corpo. E praticamente todos já viveram o esforço de controlar emoções como raiva e frustração.