E lançar-se-ão da companhia dos homens, e a tua habitação será como as alimárias e feras; comerás feno como boi. E sete tempos passarão por cima de ti, até que reconheças que o Excelso tem um poder absoluto sobre o reino dos homens, e que os dá a quem lhe apraz.
Daniel, 4:29
Aos hospitais
e consultórios psiquiátricos acorrem muitos casos de licantropia. Tivemos
ocasião de observá-los sob vários aspectos. Dentre eles, descreveremos um
ilustra o processo obsessivo: o de um
paciente licântropo que se julgava um cachorro.
O licântropo crê ser um lobo; e por extensão
qualquer outro animal, e mesmo um insento ou uma planta.
Um dos mais antigos exemplos é-nos narrado
pela Bíblia; o episódio de Nabucodonosor: “... durante sete anos foi atacado
por uma loucura extraordinária que o fez viver entre os animais e como eles”.
(Daniel – 4: 1-34).
Apesar de aparentar grande complexidade, o
processo é muito simples: é uma aplicação do hipnotismo diretamente ao Espírito
a ser obsedado. Durante o sono, quando o Espírito se desprende parcialmente do corpo carnal, o
obsessor aproveita para ministrar-lhe passes hipnóticos, sugerindo-lhe ser isto
ou aquilo. E o paciente, acordado, passa a viver esquisitamente; e à medida que
o obsessor reforça a sugestão, mais e mais aumentam as esquisitices.
Era um paciente que se internou como um
cachorro, e procedia como tal: rosnava, latia, andava de joelhos e apoiado nas
mãos como se tivesse quatro patas, e que
alguém invisível o puxasse por uma corrente; sentava-se a um canto, farejava e
ameaçava atacar quem dele se
aproximasse; enfim, era um perfeito cachorro em forma de gente.
Levado ao trabalho de desobsessão,
apresentou-se um Espírito por meio de Da. Elba, que foi declarando:
- Esse cachorro é meu; tratou-me como um cão;
agora é minha vez; eu é quem trato dele.
E ali mesmo deu algumas ordens ao pseudo cachorro, no que foi
obedecido servilmente.
A enfermagem espiritual foi longa e árdua.
Inteligente e maligno, o obsessor
compareceu a inúmeras sessões. Só depois que
se rendeu à evidência é que pudemos fazer a desipnotização do paciente,
no que fomos auxiliados por seu ex-verdugo.
(...)
Todavia, a cura total da licantropia só é
possível quando a atuação do obsessor for recente, cingindo-se ainda ao
perispírito da vítima. Porém, se a atuação for velha e já atingiu o âmago do
cérebro, a cura se torna dificílima; nesse caso, pode haver cura, mas sempre
parcial, nunca total.
Evangelho das Recordações, por Eliseu
Rigonatti – página 95-96
Material com Direitos Autorais
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