Mirai, criatura do horizonte!
Com esses olhos taciturnos.
O que se esconde nessa gélida sombra?
Me encurrala com o gume dessa tão assombrosa foice, que já não atina
como fizera outrora.
Me ceifa e arrebata, me prende em uma semana.
Já jaz da minha pobre alma, lamentos que em ti derrama.
É o fulgor que se esvai da sua bondade, e que ganha nova melodia. A
eufonia de uivos das crianças vazias.
Olhai como é majestosa! Até quando rouba todo o brilho de seu rival pomposo.
Contemplai suas formas e sua dança, que embriaga escapulida o
desespero dos amantes.
Eis que torna-me tua serva, com atributos surreais...
Faz-me canídea selvagem, solitária, ameaçadora, diva da noite fugaz.
Poema enviado pela belíssima leitora, Caroline Letícia - BA
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