Os
lobisomens são seres que nascem com aparência humana e só vem a conhecer
sua real forma quando fazem a Primeira Transformação, esta que deve ocorrer na
mesma Lua em que ele nasceu. Vivem como se estivessem em dois mundos, mas não
são bem vindos em nenhum. Os humanos e os espíritos são os “parentes”, mas não
são bem vistos nem por um e nem por outro. Muitos licantropos possuem fortes
problemas com espíritos e por respeito evitam adentrar territórios como
cemitérios, por exemplo (o Arcanjo Lycan também serve de exemplo). A Lua
inconstante governa o fluxo e o refluxo do sangue.
Os predadores da era contemporânea caçam em
florestas de asfalto, alvenaria e vidro. Suas presas e garras são colocadas a
prova em meio a um mundo repleto de câmeras. Seus sentidos lhe mostram aspectos
do mundo que ele nunca viu. Debaixo da pele humana, há uma Fera claustrofóbica
que anseia por liberdade. O terno de carne humana abafa seus sentidos, somente
a mudança o torna completo novamente.
Somente os lobisomens são capazes de
experimentar emoções tão intensas. Suas alegrias são mais profundas, seus
episódios melancólicos, mais assoberbantes. Mas absolutamente nada faz um
coração lupino bater mais do que a ira.
À medida que ele cresce, a raiva vai
amadurecendo em sua alma e se fortalece, cresce junto até se transformar numa
força de intensidade brutal. Se ele permitisse, toda essa força o sufocaria até
a morte, por isso ela precisa ser liberada e o lupino procura uma oportunidade
para liberar toda essa ira. Ele assume sua forma real, como quando um guerreiro
veste sua armadura... Só a Fera fala agora!
Por mais difícil que seja controlar os
instintos predatórios, o lobisomem ainda assim precisa tentar. Aquele que cede
com freqüência a sua raiva, que caça mesmo quando não tem fome ou devora a
carne de seus irmãos acaba tornando-se cada vez mais bestial. Mas o lupino não
pode negar a sua verdadeira natureza. A recusa de transformar-se a luz de sua
Lua de Nascimento e correr por aí sob sua forma natural pode distorcer a noção
de identidade do lobisomem e levá-lo a loucura.
O lobisomem não pode se render aos seus
desejos predatórios, tampouco pode renegá-los. Somente ao trilhar um estreito
caminho do equilíbrio, exatamente entre o homem e a fera é que ele encontra um
pouco de paz. Esses momentos são fugazes e muito frágeis ao luar, mas
representam o âmago e alma daquilo que faz o povo lupino continuar lutando.
Arcanjo Lycan
13 comentários:
amei esse texto!
Amei tanto! Aqui eles tem sentidos aguçados na mesmo forma humana? Me responde por favor por que amanha vou viajar! Obrigado
acho que quero me tornar um lobisomem...
Sim filhote! Mesmo em forma humana, a transformação não chega a "ampliar os sentidos", acontece que o licantropo fica na forma a qual seus sentidos foram feitos para ser usados...
Valeu! Eu vou viajar amanha! To triste kkk' Quando eu voltar pra casa e vou voltar e aprender muita coisa. Obrigado! seu site esta ótimo demais!
Ah esqueci kkk' Existem Lobisomens consegue controlar a transformação?
Todo lobisomem tem controle sobre sua transformação!
TÁ TENDEI! OBRIGADO VIU!
Cara cada dia vejo a evolução do seu blog cada vez melhor
Texto Maravilhosamente Perfeito Arcanjo, adorei muito a forma que você se expressou em relação a raiva e a ira que não pode ser aprisionada. Como você disse, ninguém pode escapar de seu destino, renegar a sua espécie, por esse motivo existe o equilíbrio. A parte do cemitério eu dei belas risadas de você. kkk E engraçado pensar assim.
eu queria me transformar eu n consigo soltat o meu ser parece q algo n quer q eu solte
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