“Uma casa abandonada testemunha meu flagelo;
A esteira de palha no chão nos espera sedenta;
No corpo frágil, o opróbrio a mostra;
Na alma, o medo, cúmplice da impunidade.
Seus olhos de verdugo canibalesco
denunciam o propósito do cenário.
Não resisto… Nem me entrego…
Quero fugir apenas.
A esteira de palha no chão nos espera sedenta;
No corpo frágil, o opróbrio a mostra;
Na alma, o medo, cúmplice da impunidade.
Seus olhos de verdugo canibalesco
denunciam o propósito do cenário.
Não resisto… Nem me entrego…
Quero fugir apenas.
Grito e as paredes me calam;
Rejeito a sua boca velha.
Seu riso é o escárnio de um Lobo em cima da presa ferida.
Rejeito a sua boca velha.
Seu riso é o escárnio de um Lobo em cima da presa ferida.
Eu imploro a porta aberta e teus braços me cercam malévolos.
Sua voz tão doce, amigo, covarde!!!
Tão friamente assassino da minha inocência.
Sua morte é minha canção e consolo;
O Inferno te espera cobiçoso.
As marcas sobrevivem ao tempo.
Naquela casa vazia, esteira velha e vadia compartem do mal que te condena.”
Autoria: Alcione Boaventura
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.