Na divisa de Mauá com Santo André, na cidade de São Paulo, há
muito tempo existia uma fazenda só, mas o proprietário morreu e a fazenda foi dividida em duas. As duas filhas do falecido, Sonia e Silvia, ficaram com uma parte pra cada da fazenda, mas nas
redondezas da fazenda também tinham moradores.
Eles sempre trancavam tudo, pois acreditavam que os uivos à
noite eram de um lobisomem que rondava o local toda semana de lua cheia e assim
percorria todas as casas em busca de uma fresta pra entrar e pegar sua vítima.
Muitos quando acordavam de manhã saíam de casa pra começar a fazer suas tarefas
e viam marcas de garras feitas em alguns locais da casa, assim se lembravam de
barulhos que ouviram de madrugada por perto.
Anos se passaram e isso não foi esquecido, foi tomado como
uma lenda. Sonia e Silvia morreram, não tinha mais quem cuidasse das fazendas e
assim começaram a construir casas no lugar e os bairros foram chamados de Sonia
Maria e Silvia Maria.
Durante o dia as crianças se reuniam em alguns lugares pelos dois
bairros para brincar, mas alguns dos meninos sempre reviviam a lenda entre eles
e ninguém nunca acreditava, era só pra meter medo, mas um entre eles sempre
falava mal dos lobisomens, dizia muitas vezes que não existia e ficava
tirando sarro, ninguém além dele fazia isso.
O menino estava voltando para casa sozinho naquela noite,
preferiu ficar até tarde brincando e assim foi tarde da noite pra casa, no meio
do caminho começou a ouvir barulhos, ficou com medo mas continuou andando
normalmente, até que ouviu um rosnado muito perto e não se conteve, começou a
correr até chegar em casa.
Todas as noites os moradores trancavam suas casas para irem
dormir, mas não com medo do lobisomem, não acreditavam mais nisso e sim por segurança
contra ladrões.
Naquela noite o garoto por sorte conseguiu chegar em casa e
sua família trancou tudo e perguntou o porquê de estar apavorado, mas ninguém
acreditou ser um lobisomem, riram dele. E durante a madrugada todos ouviram
barulhos muito fortes nas paredes do lado de fora da casa. Na manhã seguinte viram
as garras nas paredes, e assim voltaram a acreditar na lenda do lobisomem.
Ficaram bravos com o menino por mexer com uma lenda antiga e caçoar do que não
se conhece.
Assim que informaram os outros moradores, todos riram e
ninguém acreditou, como sempre. Na noite seguinte mesmo ninguém acreditando
algumas pessoas ficaram pensativas e trancaram tudo mais cedo e chamaram suas
crianças pra entrarem mais cedo também, não queria ninguém assustado com
imaginação fértil essa noite, já outras pessoas não se incomodaram, mesmo a
semana de lua cheia não tendo terminado.
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Uma mulher nova e bonita estava voltando do trabalho, ela
sabia da “brincadeira” que contaram hoje sobre o lobisomem e não se importou,
estava voltando apé e sozinha pra casa e na sua mente confessava que estava
assustada, pois estava tudo apagado no bairro, mesmo tão cedo. Quando ela estava
chegando passou perto do banco público e ouviu um rosnado forte bem do seu
lado, olhou e levou um susto, nem pensa e já está correndo em direção à sua casa.
Gritando ela chega em casa, pede as pressas que a mãe abra
o portal e a senhora de idade faz, quando vai perguntar o porquê de tanta
gritaria, sua filha desmaia no quintal por ter tomado um susto muito grande.
No dia seguinte a mulher acorda ainda assustada e quando se
levanta vai a cozinha conversar com a mãe, e assim lhe informa que viu um
lobisomem em cima do banco pronto para atacá-la, mas segundo sua mãe nada a
seguiu.
Essa é a lenda do lobisomem, que corre faz anos na boca dos
moradores de Silvia e Sonia Maria, a lenda corre como uma incógnita, pois ninguém
sabe se acredita ou não, apenas lembra de não brincar com o que esta quieto.
L. Wolf
Espero que tenham gostado dessa lenda, foi
contada pra mim há alguns anos onde eu morava antigamente. Se alguém morar
por lá e tiver ouvido uma versão diferente, deixa um comentário sobre, essa
lenda é tão antiga que já deve ter umas dez versões, ou pessoas de lá que nunca ouviram.
Um comentário:
Perfeito eu amei a lenda! Incrivel ela e infelizmente ue vi umas dez versões diferentes mesmo!
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