terça-feira, 15 de maio de 2012

Um Lobisomem em São Paulo


Na divisa de Mauá com Santo André, na cidade de São Paulo, há muito tempo existia uma fazenda só, mas o proprietário morreu e a fazenda foi dividida em duas. As duas filhas do falecido, Sonia e Silvia, ficaram com uma parte pra cada da fazenda, mas nas redondezas da fazenda também tinham moradores.

Eles sempre trancavam tudo, pois acreditavam que os uivos à noite eram de um lobisomem que rondava o local toda semana de lua cheia e assim percorria todas as casas em busca de uma fresta pra entrar e pegar sua vítima. Muitos quando acordavam de manhã saíam de casa pra começar a fazer suas tarefas e viam marcas de garras feitas em alguns locais da casa, assim se lembravam de barulhos que ouviram de madrugada por perto.
           
Anos se passaram e isso não foi esquecido, foi tomado como uma lenda. Sonia e Silvia morreram, não tinha mais quem cuidasse das fazendas e assim começaram a construir casas no lugar e os bairros foram chamados de Sonia Maria e Silvia Maria.

Durante o dia as crianças se reuniam em alguns lugares pelos dois bairros para brincar, mas alguns dos meninos sempre reviviam a lenda entre eles e ninguém nunca acreditava, era só pra meter medo, mas um entre eles sempre falava mal dos lobisomens, dizia muitas vezes que não existia e ficava tirando sarro, ninguém além dele fazia isso.

O menino estava voltando para casa sozinho naquela noite, preferiu ficar até tarde brincando e assim foi tarde da noite pra casa, no meio do caminho começou a ouvir barulhos, ficou com medo mas continuou andando normalmente, até que ouviu um rosnado muito perto e não se conteve, começou a correr até chegar em casa.

Todas as noites os moradores trancavam suas casas para irem dormir, mas não com medo do lobisomem, não acreditavam mais nisso e sim por segurança contra ladrões.

Naquela noite o garoto por sorte conseguiu chegar em casa e sua família trancou tudo e perguntou o porquê de estar apavorado, mas ninguém acreditou ser um lobisomem, riram dele. E durante a madrugada todos ouviram barulhos muito fortes nas paredes do lado de fora da casa. Na manhã seguinte viram as garras nas paredes, e assim voltaram a acreditar na lenda do lobisomem. Ficaram bravos com o menino por mexer com uma lenda antiga e caçoar do que não se conhece.

Assim que informaram os outros moradores, todos riram e ninguém acreditou, como sempre. Na noite seguinte mesmo ninguém acreditando algumas pessoas ficaram pensativas e trancaram tudo mais cedo e chamaram suas crianças pra entrarem mais cedo também, não queria ninguém assustado com imaginação fértil essa noite, já outras pessoas não se incomodaram, mesmo a semana de lua cheia não tendo terminado.
           

Uma mulher nova e bonita estava voltando do trabalho, ela sabia da “brincadeira” que contaram hoje sobre o lobisomem e não se importou, estava voltando apé e sozinha pra casa e na sua mente confessava que estava assustada, pois estava tudo apagado no bairro, mesmo tão cedo. Quando ela estava chegando passou perto do banco público e ouviu um rosnado forte bem do seu lado, olhou e levou um susto, nem pensa e já está correndo em direção à sua casa.

Gritando ela chega em casa, pede as pressas que a mãe abra o portal e a senhora de idade faz, quando vai perguntar o porquê de tanta gritaria, sua filha desmaia no quintal por ter tomado um susto muito grande.

No dia seguinte a mulher acorda ainda assustada e quando se levanta vai a cozinha conversar com a mãe, e assim lhe informa que viu um lobisomem em cima do banco pronto para atacá-la, mas segundo sua mãe nada a seguiu.

Essa é a lenda do lobisomem, que corre faz anos na boca dos moradores de Silvia e Sonia Maria, a lenda corre como uma incógnita, pois ninguém sabe se acredita ou não, apenas lembra de não brincar com o que esta quieto.

 L. Wolf

Espero que tenham gostado dessa lenda, foi contada pra mim há alguns anos onde eu morava antigamente. Se alguém morar por lá e tiver ouvido uma versão diferente, deixa um comentário sobre, essa lenda é tão antiga que já deve ter umas dez versões, ou pessoas de lá que nunca ouviram.
           

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito eu amei a lenda! Incrivel ela e infelizmente ue vi umas dez versões diferentes mesmo!

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