sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Noite do Lobisomem



O brilho da Lua Cheia
Ilumina uma velha estrada
Coberta por um manto de folhas secas.

A passos lentos um pobre camponês caminha
Em companhia do silêncio e da escuridão.
Subitamente, das profundezas do inferno
Ouve-se um uivo...

Os passos são interrompidos,
Um calafrio invade-lhe a espinha,
Seu coração dispara
O suor cobri-lhe o rosto
As pernas não mais lhe respondem
É o domínio do terror!

Sua razão se confunde com a inconsciência,
A coragem dissolve-se na urina,
O medo toma forma indescritível,
Minutos se tornam uma eternidade de tortura...

Trava-se a guerra entre o Bem e o Mal:
Os nervos ficam paralisados,
Pulsos sem impulsos;
Células se contaminam em códigos de socorro
... É a maldição da Lua Cheia.

Numa velha cabana uma mulher
E uma garotinha aguardam:
Aquela pelo seu amado,
E esta pelo seu pai.
A expectativa se extingue ao ouvirem um ruído à porta.

- Querido!
- Papai!
Elas correm em direção à porta...
Violentamente ela é arrancada!
A morte mostrou-lhes a face
 

Para quem (ele) mais amava.


Autoria: Carlos "Agamenon Troyan" Roberto

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