“Foi-se a Canícula e, antes de matar o porco, devia-se matar ao cão.”
Assim aconteciam os rituais e as festividades da Idade Média, muito estranhos por sinal, principalmente quando o sacrifício de ovelhas sempre foi tão em alta. A Canícula acontecia no período entre 24 de Julho e 26 de Agosto, quando a constelação do Cão se ergue junto ao Sol, ficando visível a estrela Sírius, a Abrasadora, e era precedida da festa da Ascensão no dia 1° de Maio e servia para assegurar a proteção aos calores que provocavam a queima das lavouras.
Alguns historiadores explicam que eles festejavam a respeito da Lua Vermelha que causava doenças nas plantações por volta do dia 20 de Julho, início da Canícula.
Em períodos mais antigos, sacrificavam os cães ruivos em forma de cultuar os deuses, tais sacrifícios foram feitos a Anúbis e algumas vezes à São Cristóvão Cinocéfalo.
A festa do Mata-Cão ou Canícula também recebia a associação de purificar o espírito do trigo que era feito exatamente na forma do sacrifício do animal, matavam os maus cães e retiravam seu couro para fabricar os tabuleiros onde o trigo iria descansar. Ocorre também um mimetismo com o culto ao deus Jano que representava não somente a morte e dos portões, mas dos trabalhos agrícolas e as plantações, dizem que se o sacrifício não fosse feito, o deus não separaria as espigas impuras e toda a colheita seria perdida.
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