A Igreja sobre os Lycans

A descrição oficial da Igreja a respeito dos lycans foi feita pelo estudioso e religioso inglês Richard Verstegan aproximadamente no ano de 1605 e dizia:

“São certamente feiticeiros que depois de ungidos os corpos com um óleo feito do instinto do diabo e colocar um cinto encantado, ficam não só para a sua, mas também para a visão dos outros com a aparência de lobos, sendo que no próprio pensamento, eles tem a forma e a natureza de lobos.”

Levítico 26:22 Enviarei para o meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e destruirão o vosso gado, e vos reduzirão a pequeno número; e os vossos caminhos se tornarão desertos.

Deuteronômio 32:21 (...) Exaustos serão de fome, comidos de carbúnculo e de peste amarga; e entre eles enviarei dentes de feras(...)

Mateus 7:15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

Mateus 10:16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.

As citações acima foram mais que suficientes pra dar ênfase a Inquisição do séc. XII ao XV, principalmente porque os ciganos habitavam as áreas próximas das Igrejas e como eram eles os lycans que praticavam delitos na época, foram os mais prejudicados. Na mesma época começavam a surgir histórias como João e Maria e Chapeuzinho Vermelho que influenciavam jovens dos perigos de Bruxas e Lobos. Os Lobos e as Bruxas eram vistos como seres do mal que habitavam florestas e cultuavam os mistérios da noite e os ciganos eram vistos como bruxos e lycans ao mesmo tempo.

Caça aos Hereges - Patrocínio da Igreja

Como o observado, qualquer um podia ser chamado de herege, bruxo ou lobisomem nessa época, bastava que a Igreja tivesse alguma queixa contra você para que fosse levado aos mais de 30.000 (trinta mil) testes criados na França entre 1525 e 1625 que podiam, ou não, provar sua capacidade de se transformar em lobo. O fato é que grande parte destes “testes” foram usados contra os ciganos e os pobres que viviam nas áreas rurais francesas e tudo era um bom motivo para levá-los a fogueira, seja como bruxo ou lycan.