Zoantropia [do latim zo(o)- + antrop(o) + -ia] – 1. Perturbação mental em que o enfermo se acredita convertido num animal. 2. Metamorfose perispirítica, através de processo de indução hipnótica, em que o Espírito desencarnado, ainda inferiorizado, ganha a forma animalesca. Os Espíritos podem apresentar-se sob a forma de animais. Mas somente Espíritos muito inferiores tomam essas aparências. Em caso algum, porém, será mais do que uma aparência momentânea. Fora absurdo acreditar-se que um qualquer animal verdadeiro pudesse ser a encarnação de um Espírito. Os animais são sempre animais e nada mais do que isto.
É
um tamanho absurdo a forma a qual as pessoas tratam sobre animais em algumas
religiões, creio que, se a grande maioria dos defensores dos animais pensasse um
pouco mais a respeito (não estou dizendo que não pensam), seriam todos ateus.
Posso pegar o Cristianismo como exemplo (meu adorado exemplo), que cita
inúmeros de sacrifícios de animais com o intuito de “salvar a espécie humana”.
Primeiramente,
sou totalmente contra ao fato de que uma vida tenha que depender de outra,
ainda mais quando depende de um ser inocente, mas enfim, neste post vamos falar
um pouco sobre a visão incorreta que as religiões possuem a respeito da
licantropia. É um fato que o Satanismo faz uso de figuras que aparentem
licantropos, mas isso não significa que seja um. Posso dizer que o que ocorre é
um grande preconceito generalizado.
Os
trechos abaixo falam sobre como a licantropia (zoantropia) pode ser mal vista
pelas religiões e é erroneamente ligada à figura do Satanismo, sempre
informando que lupinos estão com intenções de destruição de suas crenças.
Se
persistimos nas esferas mais baixas da experiência humana, os que ainda
jornadeiam nas linhas da animalidade nos procuram, atraídos pelo tipo de nossos
impulsos inferiores, absorvendo as substâncias mentais que emitimos e
projetando sobre nós os elementos de que se fazem portadores.
”Imaginar é criar.”
E
toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade
à consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos
princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar
quanto àquilo que devamos receber.
Quem
apenas mentaliza angústias e crime, miséria e perturbação, poderá refletir no
espelho da própria alma outras imagens que não sejam as da desarmonia e do
sofrimento.
A
Zoantropia mostra que não apenas desencarnados, mas também encarnados podem
sofrer essa metamorfose, basta ver que já foi citado o caso de Nabucodonosor.
“.... vão expulsar-te dentre os homens, para te fazer viver entre os animais... pastarás ervas como os bois...”( Bíblia –Livro de Daniel).
Basta fazer uma busca pela vida de Santa Gemma Galgani (1878/1903)
onde conta-se, um cão feroz aparecia saltando sobre ela durante a noite. São
Pedro de Alcântara (1499/1562), onde o demônio aparecia, atirava-lhe pedras e o
arrastava pelo chão.O mesmo aconteceu com Dom Bosco (1815/1888), de grande
mediunidade, para quem os espíritos malfazejos apareciam em formas de lobos (licantropos),
ursos, serpentes ou como monstros cujas formas eram indizíveis. Conta-se que
São Geraldo Majela (1726/1755) foi atacado certa noite por um cão descomunal
que desapareceu assim que o Santo fez o sinal da cruz, mas foi também doutra
feita , arrastado por cães enormes que lhe causaram feridas por todo o corpo.
“Em atormentadas investidas contra o valoroso missionário italiano (Dom Bosco), as entidades perversas das regiões inferiores do Invisível também assumiam as mais terríveis formas espirituais. O insuspeitíssimo Padre Auffray descreve o fenômeno de zoantropia, declarando que perseguidores desencarnados apareciam ao santo “sob as expressões de animais ferozes – ursos, tigres, lobos – ou sob o aspecto de monstros indescritíveis, que o atacavam furiosamente.”
Numa
das muitas revistas espíritas foi relatado o caso de um menino de 14 anos,
residente no Sítio Coqueirinho, em Mangabeira. Internado com crises de
epilepsia, os pais notaram marcas de pancadas pelo seu corpo, segundo ele,
apanhara muito. Levado a Casa espírita, conta-se que o menino não parecia mais
ter a forma humana, o espírito que o obsedava transmitia para ele, sua forma
(zoantropia), fazendo-o ter a forma de um macaco. Furioso, procurava ele morder
as pessoas e guinchava feito um animal. Seu rosto tomara a forma siamesca e ele
agia tal qual o animal.
Em
conversa com uma senhora do interior (São Carlos), ela contou, ainda sentindo
arrepios pelo corpo, que certa noite de verão, ela, igualmente com algumas
crianças, brincavam do lado de fora das casas como era costume. A vizinhança
acalorada conversava na rua até que ouviu-se o ruído de galope ligeiro. Todos
silenciaram e olharam na mesma direção. Pela rua afora, disparado como um raio,
um cão enorme, de pelos negros e dentes enormes corria na direção das pessoas.
A senhora conta que todos correram apavorados. O lobo gigante uivava e latia,
babando na direção das crianças. Não atacou ninguém, relata ela, mas o medo
daquela noite a persegue e, se perguntada, ela afirma: era sim um lobisomem
(licantropo).
Nota Final:
Licantropia não é Satanismo,
não confunda as crenças!
Um comentário:
Perfeita esta postagem! Muito bem feita e trabalhada nos mais maravilhosos detalhes!
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