O gradiosíssimo Dr. Johannes Weyer, também conhecido como Weir, foi um dos primeiros médicos a sugerir e utilizar o termo “doentes mentais” na hora de tratar dos condenados por bruxaria ou licantropia na Idade Média. Ele cuidou especialmente de vários casos de lobisomens que seriam injustamente executados.
No séc. XVI havia pouquíssimo conhecimento na medicina nos campos da psiquiatria e até mesmo em muitos outros, mas este fato específico de atestar loucura nas pessoas era mais atrasado ainda, e devido isso, várias pessoas foram inocentemente mortas pelo simples fato de agirem de uma forma um pouco diferente da normal (até canhotos eram vistos com maus olhos na época).
Dr. Weyer funcionava como uma espécie de advogado dos condenados por licantropia, ele usava argumentos sobre ilusões causadas pelos problemas mentais de seus pacientes, Weyer talvez até soubesse que alguns eram realmente capazes de se transformar, mas como todo bom homem da ciência, se recusava a ver uma espécie tão bonita sendo morta apenas pelo preconceito de humanos que não aceitam uma forma de cultura diferenciada.
Seu maior objetivo era conseguir encontrar uma suposta condição que provasse que ele estava certo a respeito do réu, apontou casos como o do lobisomem da França e condenava os métodos usados para que confessassem dos crimes, pois geralmente eram horas seguidas de tortura e muitos afirmavam as coisas apenas para que tivessem o sofrimento cessado. Ainda acrescentava que os ditos lobisomens precisavam de ajuda médica, e não mais punição do que a que já receberam da natureza.
Com a chegada do Iluminismo e as idéias de Weyer disseminando pela Europa, muitas pessoas o seguiram e algumas políticas a respeito dos doentes mentais foram tomadas e muito de nossos irmãos lobisomens foram salvos da execução.
Graças a ele, o modo ao qual os lobisomens eram vistos passou a mudar, ficaram menos rotulados como animais e passaram a ser mínimamente aceitos em sociedade. Ainda buscamos melhoras e mais direitos!
Arcanjo Lycan
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