Nada mais do que puro instinto animal, o desejo a flor da pele, de sentir o cheiro de sangue, e do calor dele escorrendo por seus dedos.
O assassino, que cava o peito da vítima morta, busca no defunto a vida que o falta, é a vontade de se sentir mais vivo, roubando a vida dos outros.
A carne em putrefação, os nervos descobertos, o cérebro derramado aos pés, os dentes trincados de ódio, fúria alucinógena, o frenesi de arrancar, machucar, destruir.
Torna-se um verdadeiro vício, um tique nervoso, matar, o último doce suspiro, ver os olhos perdendo o brilho, a boca secando, a pele empalidecendo, pouco a pouco, a face perdendo a vida, a alma se retirando sutilmente do corpo destroçado.
E tudo como uma orquestra regida pela faca, pela arma, primeiro os olhos, depositados numa caixinha de vidro, depois a língua que ficaria alí mesmo sobre a mesa, derramando sangue pela superfície dela, os dedos num pote de manteiga, e o sangue sendo drenado para um tanque já cheio dele.
As lágrimas chegam aos olhos do psicopata, maníaco, que agora só tem a chorar, sem deixar os pingos salgado atingirem suas mãos sujas do liquido da vida, chorar de emoção, diante de uma cena como aquela, cheia daquela podre beleza que só ele em seu íntimo saberia apreciar.
Um perfeito conto de Lucy
Em parceria com o Dιáяισ dαѕ Lυαѕ
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