Gilles Garnier vivia com a sua esposa, Apolline, nos arredores da cidade de Dôle, num casebre em mísero estado, ao qual só se podia chegar entrando um pouco na floresta. Apesar de lhe terem atribuído o nome de eremita de S. Bonnot, quem o conhecesse não lhe atribuía qualquer tipo de santidade. De cabelos e barbas compridos, tez pálida, unhas compridas e sujas, sobrancelhas assanhadas e olhos sombrios, Garnier não era homem dado a amizades, até porque pouco falava.
Em 1573, ocorreram diversos casos de assassinatos de crianças, as quais eram encontradas com várias partes dos corpos devoradas, como se um animal as tivesse atacado. A cidade fica na espreita, esperando que tal animal ataque novamente. Poucos dias depois alguns camponeses encontram um ser híbrido de homem e fera atacando uma garotinha, ao verem o rosto do animal, os camponeses notaram certa semelhança com a face de Garnier. Logo se iniciou a caçada ao assassino que rapidamente foi preso e levado a júri.
Gilles Garnier assumiu que realmente transformava-se em lobo e quando confessou os seus crimes, estava bastante consciente do que fizera, não revelando quaisquer sinais de demência ou outro tipo de perturbações mentais. Inevitavelmente, foi condenado à morte na fogueira, juntamente com a sua esposa. A execução teve lugar dia 18 de Janeiro de 1573. No outono desse mesmo ano, foi publicamente declarada na região a caça ao lobisomem.
Garnier foi tido como lobisomem e não como um lycan devido ao fato de os lycans franceses usarem a palavra Loup Garou para identificar tanta a espécie como a lenda. Até hoje a França foi um dos poucos países que não aceitou usar a denominação lycan para diferenciar os nascidos lupinos dos amaldiçoados a viver como tal. De verdade Garnier era um ragabash totalmente afastado da Matilha, gostava de viver realmente sozinho com sua esposa que também era lupina.
Um comentário:
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