Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas, e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros ?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina Lua!
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros ?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina Lua!
Autoria: Vinicius de Moraes
Nota do Arcanjo: Minha caçada por bons poemas é sem fim, nas minhas buscas diárias me deparei com essa beleza de soneto de meu grande amigo Vinícius de Moraes! Realmente espero que gostei tanto quanto eu gostei!
Ps.: " ... E não és Tatiana e nem Teresa: ... "
... Pra mim... é Bárbara!
2 comentários:
Que coisa mais linda, meu Arcanjo!! Logo um Vinicius de Moraes, meu Deus!! Assim eu num aguento, KKK'! Amei meu lindo!! Te amo meu Lycan! ^^
Vinícius devia ser era lupino viu... ^^
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