terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Lobisomens em Relatos Cientícos


... Nada Científicos


Os primeiros "estudiosos" da fauna tropical, confusos entre realidade e ficção, nomearam o Lobisomem nativo como “Homo sylvestris”, relatos científicos sobre a fauna da época incluíam até o Chupa-cabra


LOBISOMEM (HOMEM SILVESTRE)

Ao se depararem com indivíduos com hipertricose (doença sem cura que provoca crescimento excessivo de pelos em praticamente todo corpo), os navegadores acreditavam estar diante do lobisomem.

GIULIANA MIRANDA
De São Paulo 

Muito antes de aterrorizar mocinhas no cinema, a anaconda, ou sucuri gigante da Amazônia, já tirava o sono de vários europeus. Índios canibais sem cabeça e até o chupa-cabra, também.

Esses e outros mitos e monstros saíram do Novo Mundo direto para as bibliotecas das metrópoles, em publicações que misturavam ciência, fantasia e ficção.

Para explicar os mistérios dos territórios recém-descobertos - e valorizar ainda mais suas conquistas - muitos exploradores criavam narrativas que deixariam Darwin de cabelos em pé.

"A realidade dos europeus era completamente diferente. Então, quando eles viam animais, plantas e até pessoas tão incomuns, taxavam-nas de monstros e criavam explicações mirabolantes", diz Ana Virginia Pinheiro, chefe do departamento de obras raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Os autores eram variados: Iam desde cientistas participando de expedições até piratas com pouca instrução, tendo ainda alguns escritores que nunca tinham saído da Europa, apenas ouviram uma lenda e a "recontaram".

LOBISOMEM

Alguns dos mitos de origem européia também marcam presença no acervo, como a história do lobisomem.

Um livreto de 1662, escrito pelo teólogo Gaspar Schott, traz descrições minuciosas sobre a anatomia e, por mais incrível que pareça, atribui um nome científico à criatura: Homo sylvestris. Algo como homem da floresta.

Esses relatos, afirma Pinheiro, provavelmente se basearam em um encontro com pessoas que tinham hipertricose - uma doença sem cura que causa o crescimento excessivo de pelos grossos praticamente no corpo inteiro. Outra anomalia, hoje conhecida como gêmeo parasita (fetus in fetu), também deu origem a um mito bizarro: o homem "grávido".

Publicações do século XVII relatam alguns desses casos e, por incrível que pareça, davam instruções para a cura.

QUASE JORNAIS

Alguns dos relatos adotam uma linguagem quase jornalística para narrar a história dos monstros. Um livreto de 1727, do português José Mascarenhas, relata a captura de um "terrível monstro", que se alimentaria do sangue de pequenos animais (Seria um vampiro?).

A lenda, popular entre campesinos do México, ganhou força e se espalhou para os Estados Unidos, República Dominicana e até o Brasil. Anos mais tarde a lenda viraria o Chupa-cabras.

Lambido de UOL

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