No ano de 1977, O Jornal Americano de Psiquiatria (The American Journal of Psychiatry) publicou uma matéria a respeito de uma senhora de 49 anos que estava num alto índice de depressão, sentia-se insegura, inferior as outras pessoas e obviamente sozinha, via nos lobos um fascínio enorme, animais livres, independentes e com um comportamento superior aos demais seres, seu fascínio viru obsessão, a chegar ao ponto de ela ter sonhos onde ela mesma era uma Loba.
Mesmo obsessa aos Lobos, ela era capaz de manter seu controle, mas certo dia ela não pode mais conter esta ânsia por liberdade e durante uma tarde em família, sentiu que seu espírito interior de Loba havia aflorado de vez e rasgou as próprias vestes e começou a comportar-se como os animais. Uma mulher adulta, nua e se comportando como um animal selvagem na frente de sua família é uma situação muito apavorante, principalmente aos familiares que conheciam bem os atos da mulher e sabiam que ela não usava drogas ou consumira álcool durante sua vida toda. Na noite seguinte ela perdeu novamente o controle sobre si e destruiu os móveis de seu quarto.
Os parente a levaram ao hospital e ela afirmava estar ouvindo vozes que diziam que um espírito ruim habitava em corpo. O diagnóstico médico foi licantropia, ela afirmava ser um lobo, “mulher ao dia e loba à noite”, e que mesmo depois de morta vagaria pela terra buscando sua salvação.
Ao olhar-se no espelho, via refletida a imagem de uma Loba e começava a rosnar para a imagem, como se estivesse vendo um outro ser, outras vezes contava que se via, como mulher, mas que um de seus olhos era bem triste e amedrontado, enquanto o outro parecia o olhar sinistro de um Lobo.
Internada, os médicos atestaram esquezofrenia e psicose crônica e ficou tratando-se com remédios. Após alguns meses de tratamento ela já se olhava no espelho e afirmava que o lobo tinha ido embora.
Nota do Arcanjo Lycan:
Muitos jovens conversavam comigo, afirmando que sentiam “a fúria lupina ardendo forte em seus peitos jovens” e eu prontamente tentava acalmá-los, explicar o que são os lobisomens e mostrar que não somos monstros furiosos com vontade de destruição e morte. Alguns até recomendei um médico psiquiatra de minha confiança, mas a grande maioria queria mesmo era a Fúria Lupina (merchandising básica do livro de meu amigo, quase irmão, Alfer Medeiros / @alfermedeiros) que eles imaginam envolver o nosso universo.
Assumo que acho esse assunto seriamente preocupante e isso é o que mais suja a imagem dos lupinos, sejam Lycans (nascidos com o dom) ou lobisomens (receberam o dom ao longo da vida). Além do que, muita gente brinca com isso, achando que parecer um lobo feroz é algo interessante pra sociedade. Saibam, lycans são tão ou até mesmo mais civilizados que seres humanos, então se tiver interesse em imitar um lupino, não haja feito um animal irracional!
Um comentário:
Concordo contigo Arcanjo, Lycans e Lobisomens não são monstros malditos que a mídia tenta espalhar, se a humanidade fosse um pouco mais aberta para o mundo exterior com certeza não teria chegado a esse ponto!
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