sábado, 27 de novembro de 2010

A Estação



Na estação do trem lá estava ele, tão diferente dos últimos dias, ele chorava, tudo ao seu redor parecia sentir a dor presente em seu coração, Sebastian não era o que chamamos de ápice da perfeição, afinal o que ele tinha por dentro era muito mais e só alguns conseguiam ver isso. Eu me achava privilegiada por talvez entendê-lo, por ele conversar comigo, privilegiada porque Sebastian não era de se abrir com ninguém, e quando se abria, eu era uma das escolhidas.

E é por isso, por entendê-lo, que me sinto tão mal, eu o amo e amando-o quero o melhor para ele, quero a sua felicidade, eu cairei quando ele partir e caio sempre que penso na possibilidade de nunca mais vê-lo, ouvi-lo, um imenso vazio me consome quando o vejo assim, como naquele dia na estação do trem, como nos últimos dias.

Sebastian está mal, ele é o motivo pelo qual me fechei. Se eu fosse um pouco mais egoísta, se não me importasse com tudo isso, não teria problemas. Há uma possibilidade de Sebastian voltar a viver, a possibilidade que traria sua felicidade de novo me magoaria eu sei, mas é a felicidade dele, a minha é apenas um detalhe na frente do meu sentimento irracional que tenho por ele. Adoraria sentir a sintonia do seu ser, junto da minha pele. É você que eu tenho amado o tempo todo?

Se a felicidade de Sebastian voltará, é o mais provável possível, mas eu o amo incondicionalmente, queria que ele soubesse que irei ficar ao seu lado, para sempre e não irei sair, até me mandar embora. Eu acho que preciso dele, e longe dele eu me sinto tão pequena, eu vejo o seu rosto, a dor que ele sente, está me assombrando, mas na minha mente só existe ele e eu.


Um excelente conto de Ludmila Veyda.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sebastian ficou com certeza melhor . ^^

Lud,

Lunna! disse...

conto legal Lud ^^

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